sexta-feira, 6 de junho de 2008

Coluna 03 - "Clássicos sobre rodas" - por Emerson Figueira

Hoje vamos falar do Williams-Renault FW14, o carro que foi simplesmente o Fórmula 1 tecnologicamente mais avançado já construído em todos os tempos. O FW14, criado por Adrian Newey (hoje na Red Bull), conseguiu alcançar a excelência em todos os critérios, com o fantástico motor Renault RS V10, câmbio semi-automático, suspensão ativa e controle de tração. Com tanta tecnologia embarcada e a competência da equipe na época, a Williams-Renault FW14 venceu 17 das 22 corridas que disputou nos anos 1991-1992, fazendo o piloto Nigel Mansell campeão do mundo em 1992, ainda na metade da temporada.

O mesmo Nigel Mansell que se utilizou da tecnologia do FW14 para ser campeão, quase foi responsável pela 'não-existência' dele. Em 1987, a Williams começou com Nelson Piquet o desenvolvimento da suspensão ativa com o Williams-Honda FW11B. Nigel Mansell sentindo-se ameaçado por Nelson Piquet e com a possível vantagem que o brasileiro teria, reclamou com o então chefe de equipe, sócio e inglês Patrick Head. A equipe, a pedido de Mansell, parou com o desenvolvimento da suspensão ativa e só voltou a utilizá-la em 1990, com Mansell já na Ferrari.

A imagem da equipe Williams testando o carro nos cavaletes nos boxes de Interlagos em 1992, e ele se movendo como estivesse vivo é a imagem emblemática deste Williams-Renault FW14, o carro que quebrou a barreira da tecnologia competitiva. A partir dele a tecnologia passou a ser vista como inimiga da competição.



Fonte da Foto: http://en.wikipedia.org/wiki/Williams_FW14

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